Suicídio é o ato intencional de tirar a própria vida. Muitos fatores podem levar uma pessoa a cometer tal ato. Indivíduos com antecedentes de tentativas têm mais chances de tentar outras vezes. A cada ano, 0,5% a 1,4% das pessoas morrem por suicídio, a maioria homens.
Estima-se que, no mundo todo, há, anualmente, entre 10 e 20 milhões de tentativas de suicídio. Os gestos autodestrutivos não fatais podem provocar lesões e incapacidade a longo prazo.
Causas
O comportamento suicida está ligado à impossibilidade de a pessoa identificar formas viáveis de resolver seus problemas, optando pela morte como resposta de fuga. Uma série de fatores está associada ao risco de matar a si próprio. São eles:
- Transtorno psicológico: os que estão mais ligados ao risco de suicídio, segundo a OMS, são transtornos de humor (depressão e bipolaridade), psicoses (esquizofrenia, transtornos delirantes), transtornos de ansiedade (estresse pós-traumático, TOC), demências e transtorno de personalidade;
- Abuso de substâncias: é a segunda maior causa de suicídio depois dos transtornos de humor. Esse risco é atribuído aos efeitos intoxicantes e desinibidores de muitas substâncias psicoativas. Quando combinados com o sofrimento pessoal, torna-se extremamente perigoso. Mais da metade dos casos está ligada ao uso de álcool e drogas;
- Social: existe uma frequência maior de suicídio entre pessoas com famílias desestruturadas e após o rompimento de relacionamentos amorosos entre os jovens. Já na idade adulta, as motivações costumam ser separações e problemas financeiros.
Características do comportamento suicida
Em geral, pessoas com tendência a cometer suicídio apresentam sinais que, se identificados por familiares e amigos, é possível evitar que esse comportamento avance. São eles:
- Demonstrar tristeza excessiva e isolamento: quando o indivíduo está frequentemente triste e sem vontade de participar de atividades com amigos ou coisas que fazia antes. A pessoa não consegue identificar que está depressiva e acha que apenas não é capaz de lidar com as outras pessoas;
- Alterar comportamento ou vestir roupas diferentes: quando a pessoa passa a se comportar de forma diferente do habitual, falar de outra forma, não entende mais o tom de humor das conversas ou participa de atividades de risco. Além disso, deixa de dar atenção para a forma como se veste ou se cuida;
- Tratar assuntos pendentes: é comum que comece a fazer tarefas para organizar sua vida e resolver assuntos pendentes. Em alguns casos, a pessoa pode passar muito tempo escrevendo, sejam cartas de despedida ou um testamento;
- Demonstrar calma repentina: um comportamento calmo e despreocupado depois de um longo período de tristeza, depressão ou ansiedade pode ser um sinal de alerta. Isso acontece porque o indivíduo acredita ter encontrado a solução para seus problemas e está sem preocupações. Esse período pode ser interpretado pelos familiares como uma recuperação, por isso devem ser avaliados por um psicólogo;
- Fazer ameaças de suicídio: a maioria das pessoas que estão pensando em tirar a própria vida informam a um amigo próximo ou familiar sua intenção. Apesar de poder ser interpretado como forma de chamar atenção, o comportamento não deve ser ignorado.
Prevenção
Quando existe uma suspeita de que alguém está pensando em suicídio, o mais importante é demonstrar empatia por ele. Tentar entender o que está acontecendo e os sentimentos que estão associados. Em seguida, deve-se procurar a ajuda de um profissional qualificado, como psicólogo ou psiquiatra, para que o indivíduo perceba que existem outras alternativas.
Normalmente, as tentativas de suicídio são impulsivas. Por isso, ao sinal de suspeita, é importante retirar de perto todo material que possa ser usado para esta finalidade. Por exemplo, facas, armas e comprimidos.
Se precisar de ajuda, o Centro de Valorização da Vida pode ser acionado, ligando para o número 188. O atendimento está disponível 24 horas por dia.