A dependência química pode ser definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos ou fisiológicos que surgem após o uso repetido de determinada substância. Ela pode ser psicoativa cognitiva (tabagismo, bebida alcoólica ou cocaína, por exemplo), substâncias opiáceas (drogas naturais ou sintéticas) ou um vasto conjunto de substâncias farmacologicamente diferentes.
As drogas acionam o sistema de recompensa do cérebro, área que recebe estímulos de prazer e transmite essa sensação para todo o corpo. Essa ilusão química de contentamento induz a pessoa a repetir o uso compulsivamente. Com isso, todas as fontes naturais de prazer perdem o significado.
Causas
A dependência química é uma doença crônica na qual vários fatores contribuem para seu desenvolvimento. Isso inclui a quantidade e frequência de uso da substância, condição de saúde do indivíduo, questões genéticas, psicossociais e ambientais.
Sinais de que existe dependência química
Algumas pessoas confundem dependência com o uso de uma droga. É importante entender que nem todo usuário é dependente, mas todo usuário corre o risco de se tornar dependente.
O que caracteriza uma dependência química é:
Sintomas de abstinência
Após um período sem usar a droga, o dependente pode apresentar sintomas como:
Diagnóstico
Para diagnosticar a dependência é importante que o indivíduo procure ajuda com profissionais. Principalmente quando ocorrem situações em que a substância influencia negativamente a saúde física, a rotina, as funções acadêmicas ou profissionais e as relações pessoais.
Na avaliação médica, uma cuidadosa entrevista clínica é feita, assim como exames (marcadores biológicos) para indicação fisiológica da exposição ou ingestão de drogas. No caso das bebidas alcoólicas, por exemplo, vale citar os testes alanina aminotransferase (ALT), volume corpuscular médio (VCM) e o gama-glutamiltransferase (GGT). Além disso, é realizado um exame físico e análise dos sinais/sintomas que auxiliam na identificação do problema.
Tratamento e recuperação
As estratégias de tratamento são elaboradas de acordo com o perfil do dependente químico, a fim de promover sua integração à família e à sociedade. Basicamente, o tratamento consiste em parar de usar a droga e se manter em abstinência.
O processo terapêutico depende da vontade do paciente. Dessa forma, pode ser realizado em ambientes como, por exemplo, clínicas, comunidades terapêuticas e hospitais especializados.
O processo de recuperação envolve reabilitação, reaprendizagem ou restabelecimento da capacidade de se manter saudável. O objetivo é o mesmo em qualquer caso: aprender ou reaprender a ter um estilo de vida positivo em que as drogas não se façam presentes. Além disso, envolve uma mudança na maneira como os indivíduos percebem a si mesmos no mundo.